Sergipe
23.05.2024O Colégio Estadual Pref. Anfilófio Fernandes Viana, unidade da rede pública estadual localizada em Umbaúba, manteve a tradição de incentivo à produção científica, ao realizar nesta quarta-feira, 22, a premiação da oitava edição da Feira de Ciências e Tecnologia do Colégio Estadual Pref. Anfilófio Fernandes Viana (Fecintec). Foram expostos 21 novos projetos, com participação especial do premiado “Fibra de Cocos nucifera: uma alternativa sustentável na produção em tijolo de solocimento", que obteve o segundo lugar geral na Febrace 2024.
Dos 21 projetos apresentados, três foram premiados nas primeiras colocações: em primeiro lugar ficou a “Produção de bioplástico proveniente de resíduos vegetais da feira livre de Umbaúba/SE para conservação de frutos pós-colheita”; em segundo lugar, o “Tinta ecológica à base de terra para aplicações em bioconstrução”, ambos orientados pelos professores Makel Bruno e Alisson Souza. O terceiro lugar da Fecintec 2024 ficou com "O uso da tecnologia na gestão de Resíduos Sólidos”, orientado pelos professores Tamires Sandes e Allisson Goes, e que também recebeu a premiação especial da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Umbaúba.
A feira também premiou o projeto ' da Educação de Jovens e Adultos (EJA)', com o projeto “Tinta ecológica à base de terra para aplicações em bioconstrução’, orientado pelos professores Makel Bruno e Alisson Souza; o 'Destaque das Turmas do Programa Sergipe na Idade Certa (ProSIC)', com a “Reciclagem e coleta seletiva”, orientado pela professora Adriana Maria Conceição; o 'Projeto do Ensino Médio Regular', conquistado também com a “Produção de bioplástico proveniente de resíduos vegetais da feira livre de Umbaúba/SE para conservação de frutos pós-colheita”, orientado por Makel Bruno Oliveira Santos e Alisson Souza
De acordo com Makel Bruno, o objetivo da feira é cultivar uma cultura científica sólida entre os alunos, capacitando-os na interpretação de fenômenos naturais e na perspectiva dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas ((ODS-ONU). “Buscamos demonstrar aos alunos que o conhecimento científico é fundamental para o avanço tecnológico, promovendo melhorias na qualidade de vida e moldando-os como cidadãos engajados e úteis em suas comunidades”, avalia Makel.
Fecintec
A Fecintec foi criada em 2016 por uma comissão presidida pelo ex-professor do colégio, Pedro Ernesto. Na oitava edição, teve o apoio do Programa de Transferência de Recursos Financeiros Diretamente às Escolas Públicas Estaduais da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Profin/ Seduc) e foi aberta na quarta-feira, 21, com palestras voltadas para a formação de professores em projetos científicos, além de temas voltados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e oficinas em tecnologias digitais.
A diretora do Colégio Estadual Pref. Anfilófio Fernandes Viana, professora Simone Ávila, lembrou que a Fecintec faz parte do estímulo à pesquisa e à criatividade dos alunos na busca por soluções inovadoras, além de incentivar a interdisciplinaridade entre os professores e reconhecer e premiar os melhores projetos.
Segundo a aluna Lara Beatriz dos Santos, da 1ª série, que participou do projeto premiado em 1º lugar, a participação em uma feira é algo novo para ela, e as atividades desenvolvidas abriram as portas para um mundo que ela quer seguir. “Um mundo de infinitas possibilidades. É cansativo, claro que é, mas todo o esforço vale a pena. É um evento surpreendente e que nos ensina muitas coisas; nos mostra que precisamos ir além, pensar fora da caixa, como costumamos dizer”, afirmou.
Projetos nacionais
São oriundos da Fecintec diversos projetos científicos chancelados e premiados em feiras nacionais e internacionais, como o “Tecnologia Alternativa e Sustentável no Combate à Mosca-negra-dos-citros (Aleurocanthus woglumi Ashby – Aleyrodidae)”, desenvolvido sob a orientação do ex-professor Pedro Ernesto Oliveira da Cruz e pelos ex-alunos Alisson Souza da Cruz e Paulo Souza dos Santos, finalistas da Feira Brasileira de Jovens Cientistas (FBJC) na categoria Ciências Agrárias, em 2019. Em 2020, a mesma equipe foi finalista com o projeto "Das grandes navegações à atualidade: as especiarias aguçando os sentidos".
Também já foi premiado o projeto “Fibra de Cocos nucifera: uma alternativa sustentável na produção em tijolo de solocimento", segundo lugar geral na Febrace 2024 e que vem sendo apresentado nas diversas feiras de ciências do Brasil e da América Latina.