Sergipe
18.07.2019Diretores, coordenadores pedagógicos e coordenadores de área das 41 unidades de ensino da rede estadual de Sergipe que ofertam o ensino médio em tempo integral participaram na tarde desta quarta-feira, 17, de uma formação sobre a construção das Propostas de Flexibilização Curricular (PFCs), promovida pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), por meio do Núcleo Gestor de Educação em Tempo Integral (NGETI/GS) e Serviço de Ensino Médio (Semed). O encontro foi realizado no auditório Professora Maria Hermínia Caldas, na sede da Seduc.
A Proposta de Flexibilização Curricular é o documento que vai nortear as unidades de ensino que estão implantando o Novo Ensino Médio. Durante a formação, ministrada pela coordenadora pedagógica do NGETI, Sarah Karenine, e pela coordenadora pedagógica do Semed, Isabella Silva dos Santos, os representantes das unidades de ensino foram apresentados ao documento da PFC e receberam orientações acerca de sua elaboração, que deverá ocorrer de maneira coletiva, juntamente com professores e alunos.
"O MEC entende que as escolas de tempo integral, por elas já estarem fazendo o exercício de flexibilização de currículo, já terem carga horária estendida e já trabalharem com algumas exigências que vêm para o Novo Ensino Médio, como Projeto de Vida e Protagonismo Juvenil, são necessariamente escolas-piloto e, por esta razão, tendem a apoiar as novas unidades de ensino nesse processo", disse Sarah Karenine.
Segundo ela, os gestores, coordenadores pedagógicos e coordenadores de área terão que trabalhar esse documento nas suas escolas e construir de maneira coletiva com os estudantes e professores. "A ideia é que, até o final do mês, a gente esteja recebendo uma primeira versão das escolas, para que possamos dialogar e apoiar as unidades de ensino nos ajustes necessários", declarou.
A coordenadora do Serviço de Ensino Médio, Joniely Cruz, enfatizou a importância dessa formação. "Todas as escolas de tempo integral já vêm desenvolvendo ações que atendem à própria Lei da Reforma do Ensino Médio, às diretrizes curriculares nacionais do Ensino Médio, então já vêm alinhadas ao que a gente precisa desenvolver junto ao Novo Ensino Médio, que é o Projeto de Vida, o Protagonismo, a possibilidade de escolha dos estudantes. Elas já vêm exercitando isso, enquanto escolas de tempo integral, e as Propostas de Flexibilização Curricular só irão potencializar as ações que já vinham acontecendo", destacou.
Balanço Positivo
Os participantes da formação fizeram um balanço positivo sobre a elaboração de uma Proposta de Flexibilização Curricular. Foi o caso de Daniel Lemos, diretor do Centro de Excelência Atheneu Sergipense, em Aracaju. "Todo esse projeto de inovação do ensino médio como uma proposta de governo fortalece a rede em geral. Entendemos que a escola precisa se fortalecer pedagogicamente, seja ela de tempo integral ou regular. É importante fomentar neles o Projeto de Vida, a visão de que podem seguir o seu itinerário", disse ele, referindo-se aos benefícios que as mudanças trarão aos estudantes.
A mesma opinião foi compartilhada por José Adelmo Araújo Silva, gestor do Colégio Estadual Cel. José Joaquim Barbosa, de Siriri. "Uma oportunidade para que os alunos tenham mais tempo na escola e possam definir aquilo que irão estudar, pois terão mais opções, itinerários formativos, uma formação ampla dentro da expectativa do mundo atual", afirmou.
Escolas-piloto
Ao todo, o Novo Ensino Médio está sendo implantado em 78 escolas-piloto na rede estadual de ensino de Sergipe. Desse total, 38 recebem recursos do Ministério da Educação (MEC), por meio do PDDE Novo Ensino Médio, e uma não recebe, mas aderiu voluntariamente para participar (Colégio Estadual Djenal Tavares de Queiróz, de Moita Bonita). Além disso, duas delas são Centros de Excelência de Ensino Médio de Tempo Integral (Vitória de Santa Maria e Miguel das Graças), que estão recebendo os recursos.
De acordo com a coordenadora do Serviço de Ensino Médio, Joniely Cruz, das 41 escolas de ensino médio integral, 39 também aderiram ao Novo Ensino Médio, mas não recebem recursos do MEC, pelo PDDE Novo Ensino Médio, mas recebem via fomento do Ensino Médio de Tempo Integral (EMTI). Os representantes dessas unidades de ensino passarão por uma formação em outro momento, visto que também irão elaborar suas PFCs.