Visando valorizar a riqueza da diversidade humana, a equipe do Colégio Estadual Joaquim de Sena e Silva, localizado em Combinado, realizou o projeto Cultura Afro-brasileira, Brasil de Todas as Cores, encerrando as atividades alusivas à Semana da Consciência Negra. 

Além das pesquisas, estudos e reflexões, os estudantes expressaram suas aprendizagens utilizando a arte, que foram apresentadas por meio de músicas, vídeos, contos, desfiles, poesias e exposições. A escola convidou mulheres negras em destaque para falarem de suas lutas e vitórias e também contou com a presença de Haroldo da Silva, assessor de Currículo da Superintendência Regional de Arraias, e de Evânio Grafite, descendente quilombola, que participaram do evento com palestras e poesias, respectivamente.

“Realizamos a culminância do projeto num espaço de eventos. Convidamos os familiares dos estudantes e toda a comunidade escolar. Foi uma noite memorável”, frisou a professora Theizy Natácia Cardoso Sales, coordenadora da Área de Linguagens e suas Tecnologias. 

Ela também enfatiza o valor de apresentar a riqueza da diversidade. “O projeto não apenas enriquece o conhecimento dos alunos sobre a cultura afro-brasileira, mas também os prepara para serem cidadãos críticos, conscientes e engajados com a justiça social, a diversidade e o respeito ao próximo”, ressaltou a professora Theizy.

A coordenação dos trabalhos foi realizada por Theizy e pelo professor Rdson Lyne Luiz Barbosa, coordenador da Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Entre as atividades realizadas, houve estudos e reflexões do livro “Minha África Brasileira e Povos Indígenas”, material distribuído pela Secretaria de Estado da Educação. 

A estudante Mayara Guimarães, de 16 anos, falou sobre o seu trabalho. “Nós produzimos um curta-metragem, retratando a vida dos escravos nos engenhos. O nosso trabalho foi uma inovação, visto que foi o primeiro curta apresentado pelos estudantes da unidade escolar. Foi muito proveitoso, pois foi necessário estudar mais sobre a história da escravidão para organizarmos o roteiro e também por ter tido uma metodologia inovadora que fez com que alguns estudantes tímidos conseguissem participar da produção e gravações. Desenvolver o nosso projeto foi um desafio, aprendemos mais sobre nossa identidade cultural, valorização do papel das mulheres negras na sociedade e sobre as lutas de combate ao preconceito”, contou.

A estudante Ilana Rodrigues, de 17 anos, também ressaltou a importância do projeto. “Trabalhamos arduamente nas produções de slam, que visam mostrar a importância da cultura afro, e refletimos sobre o quanto o preconceito racial vem se agravando em nossa atual sociedade. Juntamente com toda a turma, produzimos uma tela artística, com o intuito de valorizar a beleza da mulher negra. E também produzimos um musical trazendo performances referentes à luta dos negros. Esse projeto nos mostrou uma luta que é travada diariamente e nos ensina o quanto é essencial apoiar a causa”, expressou Ilana.

Edição: Ana Luiza da Silva Dias/Governo do Tocantins

Revisão Textual: Liliane Oliveira/Governo do Tocantins

Joselia de Lima/Governo do Tocantins