Em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, a Escola Estadual Vale do Sol, em Palmas, realizou na manhã desta quarta-feira, 19, o encerramento de uma programação especial dedicada ao tema. A data reforça a importância de reconhecer a luta histórica da população negra no Brasil e valorizar suas contribuições culturais, sociais e políticas, promovendo reflexão, combate ao racismo e construção de uma sociedade mais igualitária.

A programação contou com mesa-redonda, palestras, rodas de conversa, desfiles e apresentações culturais que destacaram a identidade e as manifestações da população negra. 

O diretor da unidade escolar, Marco Aurélio José Duarte, ressaltou a relevância da iniciativa. “Ainda há necessidade de discussão desse tema como uma forma de inclusão das pessoas em todos os espaços, considerando que é importante primeiro ser, para depois pensar no ter, e o conhecimento é muito importante para a inserção de todos”, afirmou.

A roda de conversa conduzida por Nélio Lopes, diretor da Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos de Palmas, abordou a capoeira como expressão da identidade afro-brasileira. “A capoeira é genuinamente negra. É nesse movimento que se tem a oportunidade de as pessoas conhecerem de fato essa cultura”, destacou. 

As estudantes Evelly Kamilly da Silva Gois e Ana Claudia Aires Macedo participaram das demonstrações e Evelly ressaltou a importância do aprendizado. “Podemos aproveitar muito para conhecer mais sobre a história e como as informações podem contribuir para melhorar a sociedade”, concluiu.

A programação também trouxe a apresentação da dança súcia, manifestação tradicional em comunidades quilombolas como a Kalunga. O estudante Thiago Felipe Bezerra da Silva destacou o significado da dança. “Ela mostra a história como ocorria antigamente. É uma forma de diversão, que pode amenizar dores sofridas pelos povos negros escravizados”. 

A professora Joana de Souza Oliveira, que também participou da apresentação, reforçou a importância da preservação cultural. “É uma forma de manter viva a tradição, principalmente para que a população jovem possa conhecer melhor essas manifestações”.

A professora Elenice Pereira de Sousa, da Educação Especial, compartilhou vivências pessoais e reforçou a importância do debate contínuo sobre a temática. “Já passei por situações de racismo, sobretudo a sexualização da mulher preta. Sempre discuto com os estudantes sobre a importância da educação e da beleza que devem andar juntas”, afirmou.

Para o estudante João Gabriel Farias Gonçalves, o evento reforça a necessidade de ampliar o diálogo sobre igualdade racial. “É importante discutir a pauta sobre consciência negra, a fim de que as pessoas possam entender que todos possam ter as mesmas oportunidades”, reforçou.

O professor George França, da Universidade Federal do Tocantins, compartilhou experiências como pesquisador e convidou estudantes a ingressar na universidade. “É um debate muito importante para nós. Precisamos discutir mais essa temática e convido a todos a ingressarem na universidade para buscarmos mais conhecimentos e conquistas de espaços”, concluiu.

A Escola Estadual Vale do Sol tem o compromisso com a promoção da diversidade, da inclusão e do fortalecimento da consciência histórica e cultural entre seus estudantes.

Revisão Textual: Liliane Oliveira/Governo do Tocantins

Abrão de Sousa/Governo do Tocantins