Rio Grande do Norte
22.01.2020Brincadeiras e jogos são atividades que fazem parte do cotidiano da maioria das crianças e, em determinado grau, contribuem para o processo de aprendizagem dos educandos. Tendo isso em vista, a professora Liane Morais, docente da Escola Estadual Tenente Coronel José Correia, localizada no município de Assú (RN), resolveu inovar em sua prática didática em sala de aula, e passou a introduzir o uso de jogos e ferramentas digitais no ensino da história.
Professora de história e especialista em história do Brasil República, Liana elaborou uma metodologia de ensino que utiliza jogos – como cartas, tabuleiros, entre outros - para ensinar conteúdos didáticos relativos à história, matéria que na maioria dos casos recebe uma didática tradicional, apenas com uso do livro.
A metodologia, aplicada com alunos do 6º ano do ensino fundamental, é baseada em conteúdos disponíveis em plataformas online educativas como Sua Pesquisa, Toda História, Mundo Estranho e Aventuras na História. Com base nesses conteúdos, Liana elabora jogos atrativos e interativos, por meio dos quais os alunos aprendem brincando.
“Percebi que sempre que chegava na escola para dar aula eles estavam se entregando as brincadeiras, contando os segundos durante as aulas para voltarem a brincar. Trouxe então a ‘brincadeira’ de forma planejada e direcionada ao aprendizado do conteúdo, o que os motivou a acompanhar as aulas e aprender melhor as temáticas discutidas. Dessa forma, as aulas ganharam em produtividade e interesse dos alunos”, destaca a professora.
Metodologia
Liana ainda explica que a sua proposta didática foi desenvolvida e aplicada no segundo bimestre letivo da escola, e elaborada com o intuito de a atender aulas mais dinâmicas, bem como conquistar a atenção do aluno.
A ação é exclusivamente voltada à disciplina de história, única matéria sob responsabilidade de Liana. Todos os conteúdos programados para o ano letivo são trabalhados de forma que, ao final de cada unidade, é aplicada uma avaliação utilizando os jogos didáticos, os quais os alunos competem entre si utilizando os conhecimentos adquiridos ao longo da unidade.
“Fui variando as propostas de jogos para eles não perderem o interesse, e cada jogo aplicado era adaptado ao conteúdo que o aluno deveria aprender, sempre com verificação prévia dos textos”, acrescenta a professora.
Para o supervisor de tecnologia educacional da 11ª Diretoria Regional de Educação e Cultura (Direc), o professor Júlio Santos, a iniciativa aplicada por Liana trata-se de uma forma perspicaz de prática docente, pois mesmo utilizando recursos simples – ferramentas digitais de busca - a professora conseguiu atingir amplos resultados.
“No que refere-se à prática pedagógica, o projeto conseguiu superar um dos grandes dilemas da docência: o distanciamento entre teoria e prática, pois possibilitou atividades “mão na massa” onde os estudantes puderam aplicar os conteúdos programados. Além disso, as atividades estimulam o pensamento criativo, já que os estudantes tiveram de criar jogos, e que tal pensamento é uma das habilidades mais importantes no século XXI”, avalia o professor, que além de supervisor, é responsável por mapear, nos municípios da 11ª Direc, projetos utilizam tecnologia em sua execução.