Pará
10.02.2017
O ensino profissionalizante já garantiu a formação de mais de 36 mil estudantes no Pará, dos quais 80% estão inseridos no mercado de trabalho. Nessa área, o Estado conta com 20 escolas em pleno funcionamento, e mais nove estão sendo construídas. Esses dados foram apresentados pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) nesta quinta-feira (09), no Fórum promovido pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) sobre a reforma do Ensino Médio.
A Medida Provisória que visa adequar o Ensino Médio, aprovada pelo Senado Federal na quarta-feira (8), prevê a segmentação de disciplinas segundo áreas do conhecimento e a implementação do ensino integral. Dentre outras alterações, a MP aumenta a carga horária das atuais 800 horas anuais para 1.000 horas e divide o currículo entre conteúdo comum e assuntos específicos de uma das áreas que o aluno deverá escolher (linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica). A matéria segue agora para sanção presidencial.
A apresentação no CEE, feita por Higor Okada, assessor técnico da Seduc, contou com a participação do secretário Adjunto de Ensino da Seduc, José Roberto Silva, e de conselheiros, representantes do Fórum de Ensino Médio e do Fórum Estadual de Educação, professores das universidades do Estado do Pará (Uepa) e Federal do Pará (UFPA), diretores da Seduc, técnicos e assessores do CEE/PA.
Expansão - Higor Okada apresentou dados levantados pela Seduc, que segundo ele refletem que "a modalidade de ensino tem funcionado de forma satisfatória, e ajustes que possam ser feitos só irão otimizar o aprendizado dos alunos". Atualmente, no Pará 20 mil alunos estão matriculados no ensino profissionalizante, em 20 instituições de ensino. De acordo com o projeto de expansão da rede pública estadual, devem ser inauguradas novas escolas nos municípios de Santarém, Barcarena, Tucuruí, Xinguara e Novo Progresso.
José Roberto Silva detalhou que o modelo de educação profissionalizante que vem sendo desenvolvido no Pará permite tornar o estudante um protagonista no processo educacional, e que os debates promovidos no fórum têm reflexos positivos para toda a educação. “É um trabalho contínuo de todas as instituições envolvidas que vem se consolidando, e consequentemente vai servir de base para que a proposta do Ensino Médio seja desenvolvida no Estado de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), garantindo ao aluno que deseja fazer curso profissionalizante ingressar no mercado de trabalho, pois vai proporcionar ao jovem o que ele precisa, ou seja, prepará-lo para a vida, para o mundo do trabalho”, ressaltou o secretário Adjunto de Ensino da Seduc.
Texto:Kátia Aguiar
Fotos:Eliseu Dias