Paraná
09.12.2015O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh),
oferecido pela Secretaria de Estado da Educação, atendeu em 2015 mais de
6.400 alunos em diferentes regiões do Estado. O acompanhamento
educacional é realizado em hospitais conveniados à Secretaria da
Educação e na própria residência do estudante após receber alta,
enquanto não houver possibilidade de retorno à rotina escolar.
O atendimento hospitalar garante o direito ao acesso à educação, mesmo
que o paciente esteja hospitalizado ou impossibilitado de frequentar a
escola, por motivo de saúde. Este serviço é ofertado em 18 instituições
que mantém parceria com a Secretaria da Educação em diferentes regiões
do Paraná. Nos hospitais os estudantes recebem o acompanhamento de três
professores e um pedagogo e uma estrutura escolar com salas de aula e
bibliotecas. Em casa, são três professores por aluno.
Quando o aluno recebe alta hospitalar, mas continua afastado da escola
em tratamento em casa, ele recebe o acompanhamento em sua própria
residência. “A educação hospitalar, além de garantir que o aluno não
perca nenhum conteúdo, serve como motivação durante o tempo em que eles
estão em tratamento”, afirma a pedagoga Marisa Destefani Alves, que atua
na modalidade há oito anos.
TALENTO E DEDICAÇÃO - Enquanto conta as horas para concluir o ensino
médio, o aluno William Ferreira Sene, 17 anos, do 3° ano, do Colégio
Estadual Olivio Belich, em Curitiba, continua em casa a recuperação após
o tratamento de câncer. Foram oito meses de tratamento, que
impossibilitaram Willian de frequentar a sala de aula regularmente.
Mas durante esse tempo o aluno foi atendido em casa por três professores
do Sareh. O atendimento permitiu que William realizasse todas as
atividades escolares com regularidade. “Se não fosse esse atendimento eu
teria perdido o ano. Mas graças a essa ajuda vou concluir o ensino
médio sem nenhum atraso”, contou Sene.
Nesta sexta-feira (4), William voltou ao Hospital Pequeno Príncipe, onde
realizou o tratamento, para apresentar a exposição “William Sene”, que
reúne pinturas abstratas, realistas e surrealistas feitas pelo
estudante. Mesmo com a rotina de tratamento William não deixou o amor a
arte de lado. Três vezes por semana ele participa de cursos de artes
plásticas no Centro Estadual de Capacitação , também na capital. “Quando
eu estava doente era o desenho que me motivava a continuar o
tratamento”, revelou.
Além de conciliar o tratamento e os estudos, William reserva um dia por
semana para ajudar os estudantes mais novos do Guido Viaro com os
primeiros passos no mundo artístico. “O desenho representa muito para
mim e quero passar um pouco disso para os alunos que estão começando a
desenhar”, disse.
A exposição William Sene acontece no Hall de internamento do Hospital
Pequeno Príncipe, em Curitiba, na Rua Desembargador Motta, entrada é
livre. Para mais informações 3310 – 14357.