Os desafios das aulas não presenciais da Rede Pública Estadual de Ensino são uma realidade superada com esforço e dedicação, dia após dia, por todos os agentes da educação envolvidos, seja na sede da Secretaria de Estado da Educação ou nas equipes gestoras e educacionais das unidades de ensino. Porém, a Educação Infantil potencializou os obstáculos que ultrapassam os muros da escola, tornando a busca ativa uma ação ainda mais necessária para garantir o acesso à educação das crianças no atual cenário de pandemia.

Foi o que a diretora Gláucia Pamela e a equipe da Escola Estadual Padre Leon Gregório, localizada no município de Nossa Senhora da Glória, iniciou no dia 22 de junho deste ano, ao identificar as divergências em endereços, contatos telefônicos, e até mesmo pelo fato de algumas famílias não terem condições de se locomoverem até a escola para buscar o material impresso das aulas não presenciais.

A busca ativa já era uma prática recorrente desempenhada por Gláucia antes da pandemia enquanto lecionava em sala de aula. Agora, na direção da escola, e em um momento em que as aulas presenciais estão suspensas, a busca ativa ampliou as visitas às famílias das zonas urbana e rural, aos estudantes do ensino regular e também da Educação Especial, que atende crianças com deficiências.

Além da atualização de dados e entrega de material didático, as visitas tornaram-se amistosas e passaram a ser de conscientização e sensibilização da importância do acompanhamento familiar na vida educacional dos filhos; orientação de cuidados sanitários para evitar a contaminação da Covid-19 e também de trabalhos sociais, tendo em vista que algumas famílias são carentes.

“Estamos em contato direto com pais e também alunos por meio de chamadas telefônica, mensagens informativas acerca de cuidados essenciais para a saúde, mensagens motivacionais, mensagens para saber como eles estão, buscando sempre manter o elo escola e família forte, e até para que eles não se esqueçam da escola”, disse Gláucia.

As últimas visitas foram realizadas na zona rural, e a secretária da unidade, Ely Dayane, acompanhou. “Nessas visitas, o mais gratificante é chegar às residências e, mesmo com os equipamentos de proteção individual (EPIs), ser reconhecida. Isso não tem preço. É indizível o sentimento que pulsa no coração ao ver o sorriso e a gratidão dessas crianças quando recebem as atividades”, finalizou Gláucia.