Paraná
21.12.2015A apuração dos votos da eleição dos diretores das escolas estaduais do
Paraná foi encerrada na quarta-feira (9). Nos 2.026 estabelecimentos
de ensino onde houve votação, 1.987 já estão com os diretores e vices
definidos, o que representa 98,08% da eleição. Os 32 Núcleos Regionais
de Educação já sabem quantas escolas terão que realizar uma segunda
votação – em 17 escolas nenhuma chapa atingiu a maioria dos votos e em
outras 22 não houve o quórum mínimo de 35% dos votantes. “Toda a comunidade escolar,
estudantes, pais, professores e funcionários saem mais fortalecidos
deste processo de escolha. Terminamos o ano com um belo exercício de
democracia e cidadania”, afirmou a secretária da Educação, professora
Ana Seres.
As eleições aconteceram em 2.026 das 2,1 mil escolas da rede estadual de
ensino. Não houve escolha de direção nas escolas indígenas e nas
religiosas, que também fazem parte da rede, mas possuem regras
específicas.
VOTAÇÃO – O processo de escolha dos diretores aconteceu em 3 de dezembro
e envolveu as 2 mil escolas estaduais. A votação aconteceu de forma
tranquila e a principal mudança neste ano foi o voto universal, com o
mesmo peso para professores, funcionários, pais e estudantes com mais de
16 anos.
O mandato é de quatro anos e o diretor terá o trabalho avaliado pela
comunidade, com metas para cumprir. Após dois anos, o Conselho Escolar,
formado por alunos, pais, professores e funcionários, fará uma avaliação
do cumprimento das metas e da prestação de contas.
HISTÓRICO – Em novembro de 2014, a Assembleia Legislativa aprovou a
proposta do Governo do Estado para prorrogar a eleição de diretores para
2015.
Na época, a decisão de alteração da lei atendia a uma solicitação dos
professores, que tiveram em 2014 um ano letivo comprometido por vários
eventos, como a Copa do Mundo, a paralisação da categoria e enchentes em
algumas regiões do Paraná. O calendário escolar ficou bastante
prejudicado. Os diretores tinham receio de que, naquele momento, o
processo de escolha prejudicasse o andamento dos trabalhos pedagógicos.
No projeto de lei enviado em 2015 à Assembleia Legislativa foram
propostas mudanças importantes, como a do voto universal e a exigência
de que o candidato a diretor apresente um Plano de Ação, a ser avaliado
pela comunidade escolar no transcorrer da gestão. O projeto de lei foi
aprovado pelos deputados estaduais e a lei foi sancionada em 13 de
outubro de 2015.