Consed
17.07.2017Coordenadores estaduais do Consed e da Undime, representantes do Movimento pela Base e do Ministério da Educação (MEC) se reuniram em Brasília nesta segunda-feira (17), para debater a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nas redes de ensino. O objetivo do encontro foi discutir, avaliar e aprimorar a proposta do Guia de Implementação da Base, que está sendo elaborado em parceria pelas quatro instituições.
Na mesa de abertura estavam presentes o secretário de Estado de Educação do Distrito Federal, Júlio Gregório Filho, representando o Consed; o presidente da Undime e Dirigente Municipal de Educação de Alto Santo (CE), Alessio Costa Lima; a secretária executiva do movimento pela Base, Alice Ribeiro; e a diretora de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica do MEC, Teresa Pontual.
Júlio Gregório Filho aproveitou a oportunidade para ressaltar o trabalho dos coordenadores estaduais no âmbito da Base. Para ele, esse grupo tem a tarefa de, entre outros pontos, identificar a essência do que deve estar no documento e transformar isso para dar ao país um novo formato para a educação. "Cada vez eu estou mais convencido de que nós teremos de ser muito cuidadosos, porque estamos mexendo com uma cultura", disse ele.
Para o presidente da Undime, além da relevância do trabalho em torno da Base, um grande ganho nesse processo foi a aproximação entre a Undime e o Consed. "Por incrível que pareça, apesar dos nossos objetivos serem comuns, em alguns estados ela é natural e faz parte do processo, no entanto, em outros estados ela não é tão natural, ela é complexa e sofre com a interferência de questões políticas partidárias, por exemplo. O nosso partido é a educação e não há porque trabalhar de forma diferente. Temos de trabalhar de forma integrada, pensando o que é melhor para a educação em cada estado e município", disse Alessio.
Teresa Pontual ressaltou que, para o MEC, é muito importante trabalhar de forma próxima ao Consed e à Undime e disse que o Ministério quer dar todo o apoio necessário para a implementação da Base nas redes de ensino. Segundo ela, a expectativa é de que a versão final da Base para a educação infantil e o ensino fundamental fique pronta ainda este ano. Mas, para Teresa, independente disso, as redes já podem ir se preparando.
Ainda no período da manhã, foi realizada a apresentação da proposta do Guia de Implementação da Base, bem como sua estrutura e a importância do regime de colaboração como estratégia para o sucesso da inciativa. Sobre esse assunto, os participantes tiveram a oportunidade de escutar o relato de Pernambuco sobre a experiência da construção do currículo em colaboração e conhecer um pouco mais sobre o Programa de Aprendizagem na Idade Certa (Paic) e os benefícios de uma proposta pedagógica coordenada, no âmbito da rede de ensino do Ceará.
Ao longo do dia, os trabalhos foram realizados em grupos nos quais se debateram questões como as principais ações necessárias para a articulação de um regime de colaboração, a estrutura e a formação das equipes das secretarias, e as estratégias para tratamento da regionalização e diversidade.