Colégio Estadual de Porto Nacional celebra a cultura afro-brasileira com o projeto “Afro Essência”

Tocantins

24.11.2024

Em alusão ao Mês de Consciência Negra, o Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva, de Porto Nacional, promoveu nesta sexta-feira, 22, o “Afro Essência”, um evento de celebração, conhecimento e valorização da cultura afro-brasileira.

O evento trouxe a culminância de diversos trabalhos realizados pelos estudantes ao longo do ano letivo, com o objetivo de promover o respeito, a consciência e a apreciação das contribuições culturais, sociais e históricas do povo negro. Durante a noite, os estudantes, professores, e demais membros da comunidade contemplaram apresentações de dança, teatro, poesia e o desfile “Deuses Africanos”. Além disso, o evento contou também com a exposição de cartazes, competição de desenho, exposição de pinturas em telhas e a exibição do curta-metragem “Cinderela e Chico Rei”, produzido pelos estudantes.

O projeto foi criado a partir do “Poder Afro”, iniciativa do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que busca fortalecer o desenvolvimento do currículo da educação básica com foco na valorização da diversidade étnico-racial, fomentando o respeito às diferenças e a inclusão do debate identitário no contexto escolar.

Para a diretora Cynthia Souza, é essencial para os estudantes e comunidade que a escola possa proporcionar momentos como esse. “Hoje é a culminância de tudo que foi construído ao longo do ano letivo, então nós temos aqui um concurso de desenho, temos teatro, dança, e também um curta-metragem produzido pelos alunos. E esse é um momento muito especial, porque contamos com a presença da comunidade, os pais dos estudantes estão aqui e podem ver de perto um pouco do trabalho que fazemos aqui no Colégio”.

A professora de História e idealizadora do projeto, Thallita Dias, revela que o projeto surgiu com o Poder Afro. “A partir do Poder Afro gente pesquisou e olhou um pouco para a realidade da nossa escola, das demandas e questionamentos dos nossos alunos e decidimos trabalhar a literatura, cinema e história. A partir do momento que os estudantes foram entendendo o projeto e fazendo parte, construindo eles mesmos, tivemos uma boa adesão e hoje eu acho que a minha maior satisfação é o resultado, sim, mas além disso, é ver que eles se orgulham do que eles fizeram, ver que eles se envolveram de verdade”, explicou a docente.

O estudante Marcos Vitor Araújo, do 2º ano, fez parte da produção e construção do curta-metragem, que foi apresentado durante o evento. “Foi um evento bem importante, cheio de programações legais, achei o tema muito interessante porque juntamos a data da consciência negra, a história e cultura africana com contos de fadas. Durante esse ano estudamos muito sobre a história negra, e eu acho importante sabermos como era antigamente, como nossos antepassados viveram, conhecer mais sobre a cultura e essas coisas. E é muito legal estar aqui hoje, apresentando todo o nosso trabalho, é um sentimento muito bom”.

De acordo com o estudante Leon Godinho, participar do projeto foi um processo interessante e divertido. “Pudemos aprender mais sobre o continente africano, sobre o Brasil colonial, foi uma maneira divertida de aprender. Durante o ano estudamos sobre a cultura africana, cultura afro-brasileira e conforme fomos estudando, fomos aprofundando e tendo um bom embasamento. Pra gente ter uma sociedade antirracista a gente tem que trazer conhecimento”.

A estudante do 8° ano Kethely Lorrais participou da apresentação de uma coreografia da música “Identidade”, de Jorge Aragão. “É muito bom e necessário aprender um pouco mais sobre a cultura afro-brasileira. que é a nossa cultura, nossa história. Ensaiamos muito, aprendemos sobre os elementos da música, as pinturas corporais, e toda a nossa ancestralidade”, pontuou.

Gabriela Rossi/Governo do Tocantins