Tocantins
25.11.2025
O Colégio Militar Custódia da Silva Pedreira, de Porto Nacional, realizou durante os dias 18 e 19 de novembro a segunda edição do projeto “Geolinguagens”, trabalhado nas disciplinas de geografia e redação. Com o tema “Resistência da mulher negra na escrita”. A ação homenageou as autoras Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo, e culminou em ação de celebração do mês da Consciência Negra.
O projeto teve como objetivo divulgar e enaltecer trabalhos de escritoras negras, que, além de apresentar uma escrita forte e potente, dialogavam com problemas vistos nas aulas de geografia, resultando em produções textuais produzidas pelos estudantes. Na primeira edição, o tema foi aquecimento global, com foco no espaço geográfico do Tocantins.
A professora de geografia e idealizadora do projeto, Sheila de Araújo explica que sempre estimulou a produção textual dos estudantes em suas aulas. “Decidi conectar minha área com a de linguagens, tendo em vista que os vestibulares trazem sempre na redação um tema da área de Ciências Humanas e coloca o aluno para discutir. Então, por que ficar apenas no campo expositivo, dialogado e avaliativo se eu posso produzir conhecimento e ainda incentivar a melhoria contínua do processo de escrita do meu aluno?” indagou.
Para a estudante Nara Florentino, a redação é composta de posicionamento e atitude. “Conheci um pouco da obra ‘Quarto de Despejo’ e a escrita de Carolina Maria de Jesus é forte e marcante, pois traz fatos e realidade. E o mais impactante para mim, é que o livro foi escrito em tempos onde as mulheres, principalmente negras, não eram vistas e nem lembradas, eram na maior parte do tempo silenciadas”, destacou.
A estudante Débora Silva Sousa afirma que o projeto serviu para “entender melhor o passado, enxergar o presente com mais sensibilidade e pensar em um futuro onde a voz dessas mulheres seja cada vez mais valorizada. Estudar autoras como Conceição Evaristo e Carolina Maria de Jesus me fez perceber não só a força dessas mulheres, mas também a importância de reconhecer suas histórias, suas dores e conquistas. Foi um momento de reflexão, de respeito e de crescimento pessoal”, revelou.
Revisão Textual: Enedino Benevides Neto/Governo do Tocantins
Gabriela Rossi/Governo do Tocantins