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19.04.2023Promover o respeito e a tolerância religiosa é uma das diretrizes pedagógicas da educação pública inclusiva. Foi com esse objetivo que o Centro Estadual de Tempo Integral (Ceti) Madre Modestina Bezerra, localizado no bairro Novo Horizonte, zona sudeste de Teresina, promoveu uma roda de conversa com os alunos sobre racismo religioso com a presença de representantes da religião Umbanda, nesta terça-feira (18).
De acordo com o diretor da escola, Gerson Nascimento, a iniciativa propõe combater o preconceito referente às religiões de matriz africana, realidade que ainda é persistente na sociedade, inclusive no ambiente escolar. “Não pretendemos exaltar uma ou outra religião, mas é importante trabalhar a desconstrução do preconceito ligado às religiões de matriz africana, que tem raiz na história da escravidão no país. É fundamental conhecer para que possamos promover o respeito étnico e a convivência harmoniosa entre todas as manifestações religiosas”, defende.
Para Rodrigo Sales, integrante do Centro Religioso Casa de Ogum, é fundamental romper com paradigmas do racismo e do preconceito à Umbanda, ao candomblé e demais religiões afro-brasileiras. “É muito gratificante poder levar a Umbanda para debater dentro das escolas. Foi uma oportunidade de quebrar alguns paradigmas e mostrar que todos somos iguais independente da religião”, comenta.