Piaui
13.01.2022O Comitê de Operações Especiais (COE) do Governo do Piauí se reuniu para definição de regras e orientações do retorno das aulas na rede de ensino. De acordo com o secretário de Saúde, Florentino Neto, a deliberação é autorizar o retorno presencial para todos os níveis de ensino, garantindo o direito dos pais de crianças de 5 a 11 anos decidirem se estes retornam ou não, tendo a oferta de ensino híbrido como opção.
As consequências para o ensino de crianças e adolescentes são inegáveis e, de acordo com o secretário de saúde, esse efeito está sendo amenizado com as ações de prevenção e o avanço da vacinação, que já chegou aos jovens de 12 anos com pelo menos a primeira dose.
"Além dos jovens, temos a vacinação dos professores com as duas doses e a nossa posição é pelo retorno das aulas de todo o público, que inclui educação infantil, fundamental, médio e superior", disse Florentino.
A autoridade em saúde explica que, para os estudantes que estão na faixa de 5 a 11 anos de idade, para os quais a vacina não foi garantida ainda pelo Governo Federal, essa decisão de retorno 100% deve ficar a cargo da família, que deve ter a opção das instituições de ensino para um ensino híbrido. Para todos esses públicos, a Vigilância Sanitária tem um protocolo que foi revisto para oferecer segurança nos ambientes escolares.
Tudo que vem sendo definido vale para toda a rede de ensino pública e privada do estado, em todas as instâncias de ensino. Além da reunião com o secretário da Educação, Ellen Gera, Florentino Neto explicou que haverá encontros com sindicatos de professores e profissionais da educação e demais reitorias de instituições de ensino superior público para que seja feito um diálogo com todos os envolvidos no processo de retorno.
O secretário da Educação do Piauí destaca que a educação já vem há dois anos com esse sacrifício de ficar no modelo remoto e híbrido para poder preservar o crescimento do contágio relativo à Covid e as outras viroses que vivenciamos. "Quando cito esse sacrifício é porque sabemos que há prejuízos de aprendizagem com esses modelos. Então o COE se reuniu e já deliberou que autoriza o retorno das aulas já no período letivo de 2022, então as redes de Educação do Piauí já podem, inclusive, ter todo seu calendário sendo montado para iniciar as aulas no ano 2022, tanto as escolas particulares quanto as escolas públicas, sejam elas da educação básica ou do ensino superior públicas e privadas", observa Ellen Gera.
O secretário reforça que a orientação é sempre o protocolo relativo à Covid. "O protocolo está mantido e será feita a atualização de alguns pontos da temática para a realidade que estamos vivendo. Existe sempre uma preocupação muito grande do comitê para que não haja um colapso no sistema de saúde, preservando a saúde e a vida das pessoas. A vacinação tem sido tratada como a principal ferramenta de combate e controle à pandemia", diz.
O COE se posicionou para as famílias das crianças de 5 a 11 anos, que terão sua vacinação liberada em breve, informando que ainda será possível a implementação de modelos híbrido e remoto de educação dependendo da vacinação da criança e da decisão da família.
"O importante é que as aulas vão iniciar, seguindo corretamente o protocolo, para que a gente continue se protegendo da Covid. A vacinação é necessária para que o estudante venha para o ambiente escolar de forma segura, tanto no individual como no coletivo, sendo nossa principal defesa em relação à pandemia. Comprovadamente, quem está se vacinando tem se mantido com muito mais segurança, e isso tem sido comprovado estatisticamente. Então faremos um controle na entrada do estudante que tem, sim, que apresentar seu cartão de vacinação", conclui Ellen Gera.
VACINAÇÃO DE CRIANÇAS DE 5 A 11 ANOS NO PIAUÍ
A determinação do Governo do Estado é que toda a logística de vacinação seja revista, além da prévia aquisição de agulhas e seringas adequadas para vacinação desse público. O secretário estadual de Saúde explica que a meta é que assim que as vacinas chegarem ao Piauí, a distribuição seja feita em 12 horas para todas as regionais.
"Temos, hoje, mais de 20 milhões de crianças nessas idades e no primeiro momento, o Brasil tem previsão de receber 3,7 milhões de doses. Então, as primeiras doses vão ser destinadas àquelas pessoas que o Ministério já determinou, que são as crianças da faixa de 5 a 11 anos com comorbidades, deficiência permanente, quilombolas e os indígenas. A partir do término da vacinação desses grupos, nós iniciaremos a vacinação das demais crianças dessa idade", explicou Florentino.