Pará
08.07.2019Alunos de uma escola estadual, no Pará, estão transformando fibra de coco em compensado
Um projeto desenvolvido por um grupo de alunos da Escola Estadual Eduardo Angelin, de Barcarena, no Pará, está transformando fibra de coco em compensado. O projeto "Compensado de casca e fibra de coco" iniciou quando o aluno do 2º ano do ensino médio, Denilson Silva, de 17 anos, não soube como descartar os restos do coco depois de ter retirado a polpa para que sua mãe fizesse um bolo. “O Denilson revolveu, então, pesquisar na internet e depois de encontrar algumas dicas, levou ideia para a escola e daí surgiu o projeto”, explica a professora e orientadora da equipe, Dalila Silva.
Sob a coorientação do professor Miguel Pereira, o Denilson, juntamente com os outros colegas de equipe, aperfeiçoaram a ideia até chegar ao formato do compensado. Depois disso, o professor Miguel conseguiu inscrevê-lo na Mostra de Ciência e Tecnologia da Escola Açaí (MCTEA) e Movimento Científico Norte Nordeste (MOCINN), realizada dois meses depois na cidade de Abaetetuba, no interior do estado. Na época, o projeto fez tanto sucesso que ganhou o 2° lugar na categoria Ciências Biológicas, além de um credenciamento dos avaliadores da feira, para a Exposição de Ciência, Engenharia, Tecnologia e Inovação
Na Expoceti, os alunos ganharam o segundo lugar na categoria de Engenharia e dois credenciamentos, um deles a Feira Nacional e outra Internacional, que ocorrerá no Peru. A Seduc/PA foi uma das patrocinadoras da viagem dos alunos e dos professores, já que o projeto é feito 100% artesanalmente com todas as despesas custeadas pela própria escola. “Consideramos que iniciativas dessa natureza, de nível tão alto de criação, precisam ser incentivados pelo governo do estado”, comentou a secretária Leila Freire.
Segundo Dalila, a ideia é que o compensado possa ser utilizado comercialmente na economia local na fabricação de móveis, como mesas, armários e guarda roupa, além de painel para jardim e vasos decorativos.