Alagoas
16.08.2023Alunos das escolas estaduais Monsenhor Sebastião Alves Bezerra, de Água Branca, e Humberto Mendes e Almeida Cavalcanti, ambas de Palmeira dos Índios, conquistaram 28 medalhas na Olimpíada Internacional Matemática sem Fronteiras.
Realizada desde 1990 pela Académie de Strasbourg, na França, a Matemática sem Fronteiras é uma competição internacional em equipes e interclasses para estudantes do ensino fundamental ao médio. No Brasil, ela é organizada pela Rede Programa Olimpíadas do Conhecimento (Rede POC).
Ao contrário das demais olimpíadas, a OIMSF não é disputada individualmente, mas por equipes compostas por 5 a 30 alunos, sendo possível também integrar estudantes de diferentes turmas e séries no mesmo grupo competidor.
A Escola Estadual Monsenhor Sebastião Alves Bezerra conquistou um bronze, no nível regional (entre estados do Nordeste), com três equipes compostas por alunos da 2ª e 3ª séries do ensino médio; uma prata no nível nacional, com os estudantes da 2ª série do médio, e uma Menção Honrosa no nível nacional.
Já as escolas Humberto Mendes e Almeida Cavalcanti conquistaram, respectivamente, bronze na etapa regional, com estudantes do 7º e 8º anos do ensino fundamental, e bronze regional e Menção Honrosa nacional com alunos do ensino médio.
Olimpíada colaborativa
A Matemática sem Fronteiras é dividida em três níveis: Básico, para estudantes do 4º ao 6º ano do ensino fundamental; Júnior, para as turmas do 7º ao 9º ano do ensino fundamental; e Sênior, para o ensino médio.
Diretor da Rede POC e coordenador da olimpíada no Brasil, Ozimar Pereira destaca o aspecto colaborativo como o diferencial da competição. “Aqui não temos um aluno respondendo a uma prova individualmente, mas uma equipe. Todos são importantes na resolução do teste, e o trabalho conjunto é vital para o resultado. Além disso, eles respondem uma questão em língua estrangeira, que pode ser inglês, espanhol, francês ou alemão, o que também exige, portanto, o conhecimento de outro idioma”, pontua Ozimar.
Superintendente de Desenvolvimento do Ensino Médio da Secretaria de Estado da Secretaria de Estado da Educação, Ricardo Lisboa reforça que a olimpíada desenvolve habilidades importantes. “Acho muito bacana o fato de a prova ser em equipe, pois, dessa forma, o estudante aprende a pensar coletivamente. Além disso, as olimpíadas estimulam o interesse pelo estudo da matemática e descobrem talentos na área”, destaca Lisboa.
Empenho
As escolas e estudantes premiados, por sua vez, celebram o resultado. “Para nós, a olimpíada foi um incentivo para nos aprofundarmos em áreas específicas do conhecimento. Leva-nos a buscar voos mais altos para nossas vidas”, conta Leoverton Xavier, estudante da 3ª série do ensino médio da Escola Estadual Monsenhor Sebastião Alves Bezerra.
Sua diretora, Maria Helena Araújo, diz que a conquista dos garotos orgulha a escola. “Ficamos muito emocionados com a prata e o bronze. Não é fácil conquistar premiação em uma olimpíada tão concorrida como esta e, por isso, agradeço aos nossos alunos, ao professor Rodiney, que os preparou, e a todos os professores que atuaram nos programas de aprendizagem. Inclusive, acreditamos que, na próxima edição, eles chegarão ao ouro”, afirma, esperançosa, Maria Helena.
Desafio
Em Palmeira dos Índios, a conquista das escolas Humberto Mendes e Almeida Cavalcanti foi igualmente comemorada. “Foram 18 medalhistas, sendo seis na Almeida Cavalcanti, com alunos do ensino médio, e 12 na Humberto Mendes, com turmas do fundamental. Um resultado excelente”, assegura Lucyan Mendonça, professor que preparou as equipes das duas instituições.
As diretoras Claudean Ferro, da Humberto Mendes, e Juliana Barros, da Almeida Cavalcanti, também exaltam a participação de seus estudantes na competição. “Em um ano, tivemos um ouro e duas pratas na Olimpíada Brasileira de Raciocínio Lógico, três bronzes no Concurso Canguru de Matemática, e duas Menções Honrosas na OBMEP. Agora, conquistamos 12 bronzes na Matemática sem Fronteiras. Estamos orgulhosos demais de nossos alunos”, fala Claudean.
“É importante incentivar nossos estudantes a participarem dos desafios propostos numa olimpíada, para que eles tenham a chance de desenvolver habilidades importantes para suas vidas, a exemplo da criatividade, do raciocínio lógico, entre outras”, observa Juliana.
Única menina entre os premiados, Rickelly Tauany da Silva Ribeiro, aluna do 7º ano da Humberto Mendes, conquistou, em menos de um ano, dois bronzes em olimpíadas de conhecimento: a primeira, na Canguru, e a segunda, na Matemática sem Fronteiras. “Essa olimpíada foi diferente das demais, e a experiência foi maravilhosa. Vou participar de novo no ano que vem”, garante a garota.
Pela Escola Estadual Almeida Cavalcanti, Filemon da Silva Leite, da 3ª série do médio, e Emanuel Alessandro dos Santos, da 2ª série, afirmam que a participação na olimpíada foi transformadora. “Foi uma experiência incrível, e acredito que essa medalha me abrirá muitas portas”, confia Filemon. “Foi desafiador, mas também recompensador. Eu me deparei com uma variedade de problemas que testaram minha bastante a minha capacidade de resolução de problemas”, recorda o adolescente.
Ana Paula Lins / Ascom Seduc