Localizada no conjunto Marcos Freire II, em Nossa Senhora do Socorro, a Escola Estadual Marinalva Alves tem utilizado os projetos escolares como uma motivação a mais para o processo de aprendizagem dos alunos do ensino fundamental, como o ballet infantil, capoeira e outras atividades que ocorrem no decorrer do calendário escolar. Com tantas possibilidades para os estudantes, a unidade registrou aumentos significativos na matrícula. Em 2019, eram 281 matriculados, número que saltou para 415 em 2020. Já o ano letivo de 2021 registra até o momento 561 matrículas.

Para o diretor da unidade, professor Dilson Gonzaga Sampaio, esse aumento é resultado de um trabalho que começa quando sua equipe assume a gestão da unidade. “Com a mudança da gestão, realizamos vários eventos em 2019, 2020 e 2021 na escola, ampliamos o uso de mídias digitais e ações de Busca Ativa na comunidade, visitando as lideranças da região e mudança nas atividades pedagógicas”, declarou.

Sobre as aulas de ballet infantil, o gestor conta que o projeto foi pensado como uma estratégia para melhorar a aprendizagem das crianças, “tendo em vista que quando elas estão participando de outras atividades, que não sejam somente pedagógicas, elas se tornam mais interessadas pelo estudo, ou seja, pelo aprender. Então, o objetivo é que nossos alunos do 1º ao 5º ano participem dessas aulas no contraturno, as quais ocorrem duas vezes na semana, com 50 minutos de duração”, explicou Dilson.

“A escola se estruturou e conseguiu uma professora, que é a bailarina Rayssa Dias. Para patrocinar a iniciativa nós conseguimos estabelecer algumas parcerias por meio de apadrinhamentos: cada aluno foi apadrinhado por uma pessoa da comunidade, e com isso a gente montou essa primeira turma”, completou ele, lembrando que a escola desenvolve outro projeto que são as aulas de capoeira do grupo Sete Quedas, em funcionamento há 26 anos, sob a condução do Mestre Edson Coragem.

Intitulado “Na pontinha do pé”, o ballet infantil da Escola Estadual Marinalva Alves busca ainda concretizar o sonho das crianças. “No início, muitos queriam fazer essas aulas, mas não tinham condições de financiar aula em um estúdio ou em outro espaço e escola que oferecem essa modalidade. Esse projeto conta também com o apoio das mães e das famílias dos alunos, no qual estamos organizando e coordenando essas ações, que visam a fortalecer a aprendizagem das crianças e estimular a vontade de estar na escola para participar desses eventos”, frisou Dilson.

A professora de ballet, Rayssa Dias, conta como surgiu o convite para fazer parte do projeto. “Tudo começou com uma iniciativa do nosso diretor Dilson. Quando ele me procurou com a proposta, eu aceitei de imediato. Sempre foi um sonho ter um projeto assim. De poder proporcionar o tão sonhado ballet, pelo fato de que é um sonho para a maioria das meninas e por ser uma atividade que nem todos podem pagar. O ballet vai proporcionar a disciplina, concentração e uma atividade completa. Ver o brilho no olhar dessas meninas é muito gratificante”, finalizou.