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09.12.2020Um levantamento concluído pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), na última semana, aponta que 88,82% dos estudantes matriculados na rede estão acessando as atividades remotas de forma virtual ou por meio de material impresso. Um acréscimo de 2%, se comparado ao início das aulas remotas quando o acesso era de 86%.
Os dados consideram as informações cadastradas pelos professores na plataforma iSeduc e mostram, ainda, que 42,40% dos estudantes mantêm contato com escolas em grupos de WhatsApp; 24,49% recebem material impresso; 12,52% em grupos no ClassRoom e 9,41% por outras formas de contato como ligações telefônicas, aulas presenciais e demais aplicativos de comunicação.
O secretário de Estado da Educação, Ellen Gera, vê como positivo o aumento do número de alunos com acesso às atividades não presenciais. "Esse aumento é reflexo do esforço que diretores e professores vêm fazendo para continuar com as aulas e, principalmente, não perder o vínculo com os estudantes. Dentre essas ações podemos destacar as campanhas de Busca Ativa, entrega de kits de alimentação escolar e distribuição de material impresso", destacou o secretário, ressaltando que a Seduc continua trabalhando para que nenhum aluno fique para trás.
"Nossa prioridade sempre foi assegurar que todos os alunos tenham condições para seguir aprendendo e se desenvolvendo, ainda que remotamente. Nada substitui as aulas presenciais e sabemos que não há uma única solução capaz de atender todos os estudantes, por isso, desde o início, o Governo do Estado vem trabalhando para apoiar as escolas e estudantes. Temos um Centro de Mídia produzindo aulas que podem ser utilizadas pelos professores. Investimos em formação de professores para apoiá-los nesse novo cenário educacional e capacitá-los para as novas formas de ensino e aprendizagem. Destinamos mais de R$ 1.490.000,00 (um milhão, quatrocentos e noventa mil reais) para que as escolas pudessem imprimir atividades para os estudantes que não têm acesso à internet. Firmamos parceria com a Claro e estamos distribuindo cerca de 180 mil chips para melhorar a conectividade dos nossos estudantes", afirmou.
Ellen acrescentou que, ao longo dos meses, a Seduc vem aperfeiçoando a plataforma de monitoramento dessas ações para saber se as atividades estão chegando e como estão chegando aos alunos.
"Em parceria com o Instituto Unibanco, criamos um Painel de Monitoramento que traz dados atualizados sobre o acesso dos estudantes da rede às aulas remotas. O painel pode ser acessado pela GRE, que consegue enxergar seu conjunto de escolas, e a escola vê seu conjunto de turmas. Dessa forma, as escolas saberão quais alunos não tiveram acesso e podem traçar estratégias para resgatá-los. Nosso grande objetivo é reduzir o impacto da suspensão das aulas presenciais e manter o engajamento das escolas para reduzir evasão escolar no retorno às aulas presenciais", explicou secretário.
Para Mirlane Ramos, diretora da Unidade Escolar Monsenhor Raimundo Nonato Melo, escola do bairro Morada do Sol, zona leste de Teresina, "essa plataforma nos auxilia bastante e nos mostra gráficos bem fáceis de serem analisados. Utilizamos, em nossos encontros remotos com os professores, o gráfico de qualificação das aulas para discutirmos os percentuais alcançados por turma e elaborar estratégias de Busca Ativa e, assim, diminuir o número de alunos que não estão participando das aulas", disse.
Durante este período de aulas remotas, a gestora explica que a escola trabalha com aulas gravadas e enviadas aos alunos pelos grupos. "Utilizamos WhatsApp e também aulas pelo Google Meet. Todas as atividades são inseridas no iSEDUC, com os links das vídeo aulas e/ou páginas do livro que utilizam", explica.
"As ferramentas mais utilizadas para o contato com os alunos são o WhatsApp e ligação telefônica e a devolutiva das atividades também são enviadas para o e-mail de cada professor", finaliza.